Desafiando a intolerância mal disfarçada da intelligentsia brasileira, o Papa Bento XVI teve uma passagem gloriosa pelo país. Foi paciente com os vexames diplomáticos e a falta de educação da cúpula presidencial e reafirmou toda a doutrina com contundência e serenidade. Não, não se mata em nome da liberdade individual. E não, hedonismo não é liberdade. A Igreja não deve render culto à ideologia e a interesses partidários. E exortou os bispos a uma dolorosa obediência a Roma.
Tocou a piaga dos abusos na liturgia: na Catedral da Sé, falou da necessidade de "devolver à Liturgia o seu caráter sagrado. É com esta finalidade que o meu Venerável predecessor na Cátedra de Pedro, João Paulo II, quis renovar ‘um veemente apelo para que as normas litúrgicas sejam observadas, com grande fidelidade, na celebração eucarística’ (...) ‘A liturgia jamais é propriedade privada de alguém, nem do celebrante, nem da comunidade onde são celebrados os santos mistérios’ (Carta encl. Ecclesia de Eucharistia, n. 52). Redescobrir e valorizar a obediência às normas litúrgicas por parte dos Bispos, como ‘moderadores da vida litúrgica da Igreja’, significa testemunhar a própria Igreja, una e universal que preside na caridade".
E também na Missa de canonização de Santo Antônio de Sant’anna Galvão, lembrou os fiéis de que "na Sagrada Eucaristia está contido todo o bem espiritual da Igreja (...). Eles (os cristãos) devem poder conhecer a fé da Igreja, através dos seus ministros ordenados, pela exemplaridade com que estes cumprem os ritos prescritos que estão sempre a indicar na liturgia eucarística o cerne de toda obra de evangelização. Por sua vez, os fiéis devem procurar receber e reverenciar o Santíssimo Sacramento com piedade e devoção".
Foi acusado de obscurantismo. Estranho seria se o compreendessem, que o orgulho é uma coisa terrível. A vinda do Papa foi um chamado à santidade.
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